sábado, 22 de agosto de 2009

Sem testes, sem página aberta no word, sem rascunho.


Satura algumas veze ter de ficar me preocupando com concordâncias verbais, vírgulas em seus devidos lugares, entre outras medidas pra tentar fazer do texto mais atrativo e indefeituoso. Principlamente textos passionais, não é necessário desvios nominais tão grandes pra mostrar algo que 3 palavras conseguem traduzir tão bem o que sinto quando se trata dele.
Em todos os gêneros de demonstração de carinho, cada apelidinho, cada mau humor modificado ao me ver, cada assobio besta, cada vez que ri das minhas gafes, cada vez que diz que me ama (mesmo sendo poucas)... Tudo isso faz com que eu perceba que sou capaz de olhar pra você e permanecer assim o resto dos meus dias. Você estando longe, as horas passam rastejando. Eu preciso de você aqui comigo, é uma necessidade eterna, eu ainda preciso de você e estou aqui a esperá-lo. Até minhas malas já fiz, pra aguardá-lo vir, passar dois dias inesquecíveis ao meu lado pra depois me levar pra longe de tudo, pra onde só haja nossas possibilidades de tornar todos os sonhos reais.  Enquanto isso, até nas paredes eu já registrei: "SEJA QUEM NUNCA ME DEIXARÁ SOZINHA! ABRACE-ME FORTE E FIQUE AQUI!" em letras, modéstia a parte, profissionalmente borrifadas.O sono vem me vencendo e antes que essa vitória seja consumada, eu tento dizer da forma mais clara e objetiva o quão intenso é essa desgraça que sinto aqui, ao menos pra dormir com certeza de que isso foi esclarecido, pra caso eu não acorde. E que toda essa simplicidade seja vista e apreciada da mesma forma que textos recheados de palavras de significados desconhecidos; como se isso fosse presença de um amor mais ou menos contundente. Nem me certifiquei se fui coerente, se estou gramaticamente de acordo com minha língua, mas ao você ser o motivo de eu estar na desconfortável cadeira diante da luz do monitor que por pouco não me cega, não preciso dizer algo além do que a compacta verdade diz: EU TE AMO!

Castro vem antes.

É de se embasbacar como em questão de minutos e pouquíssimas palavras digitadas eu me torno opaca. Eu não sou capaz de ver, mas quando a primeira coisa que me vem em mente quando penso em algo ruim, é andar descalça sobre brasas e onde termina esse pensamento vem o de te perder, é porque essa minha opacidade não pode ser contida, não pode ser freada pelas culpas que você coloca em si.
Não diga que a escassez de sorrisos vem de você, meu amor. Ela se deve ao fato de termos receio das nossas perdas, de algum desencontro de nossos corações e, quem sabe, de que um cheiro que nunca seja nostálgico. Eu entendo qualquer medo que me confesse que tenha, porque tenho absoluta certeza de que é exatamente o mesmo medo que me faz chorar.
Toda vez que meu brilho se for, me traga um novo, talvez mais lustroso do que o que eu possuía anteriormente. Pra podermos caminhar lado a lado com nossos sonhos estampados no rosto, mostrando até pra quem não queira ver que nosso amor pode não ser dos que se ouve falar, mas em questão de verdades, é mais puro que qualquer nuvem, mais que puro que qualquer criança.
É de se embasbacar mais ainda, como em questão de minutos e pouquíssimas palavras digitadas você me devolve tudo o que esse demônio de turvacidade tirou de mim, me fazer voltar a sorrir, mesmo negando que você é o responsável por esse sorriso. Deixe seu sentimento me invadir e fazer de mim, sua morada permanente.