segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fixos olhares. Ou não.

É provável que enquanto lê isso, eu esteja com alguma foto sua em mãos ou recostadas sobre meu peito durante o sono ou ouvindo alguma conversa arquivada no computador. E não descarte a possibilidade de as fotos estarem sendo levadas aos meus lábios. Quando válida a quarta opção, tenho quase certeza que sua pele sente. Até penso em quem devo matar para transformar fotos em vodu. Assim, todas as vezes em que chorar tendo minha ausência como causa, basta que eu contenha a invisibilidade do seu choro para te confortar e te aquecer com meus olhares fixos.
Enquanto não é necessário que eu mate alguém, me resta querer suas fotos na minha rotina. Quero vê-las nos ônibus, nos orelhões, nas placas. Para poder dizer a todos: "Vê aquela fotografia? Aquele é o homem que me faz sorrir, me faz forte. Aquele é o homem que me ama!". Quem sabe fazer de você semáforos, moeda local? Sanidade sumida: minha forma de te fazer presente antes do sábado. E como não acontece, eu olho pros retratos espalhados nesse quarto ouvindo as frases carregadas de timidez que você sabe que me faz feliz e sonho com um pedido meu de trégua por tantas vezes questionar minha normalidade mental ao querer viver com você, ao te colocar como topo e centro de tudo que faço e sonho.
(Texto sujeito a edição.)

domingo, 30 de agosto de 2009

Ele. E a letra maiúscula não foi usada apenas por ser início d'uma frase.

Não faço idéia do que dizer aqui. Não faço idéia do motivo pelo qual ainda estou aqui: longe de você.
Por favor, prometa pra mim que tentará imaginar o quanto te amo? Aliás, eu vejo amor como algo tão fraco quando colocado ao lado do que sinto. Perda de tempo persistir nessa idéia de explicar, não vou ser capaz mesmo. Só tenha idéia de que você é o homem da minha vida. Só isso basta.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Caixa de Entrada (novo email)

5 minutos... era tudo o que me satisfaria por agora. Te dar boa noite, e um beijo com os 4:56 restantes. Essas inconformidades só se dissolvem em seus braços. E isso pra mim é tão real, que é como se eu te sentisse deitado comigo, seu queixo se encaixando com perfeição na minha nuca e não houvesse o que nos tirasse da cama; minhas costas aquecidas por seu peito, encostados, de lado, sua perna faz companhia a minha, seu nariz tem meus cabelos bem próximos. Nos beijamos cansados, nos olhamos alguns minutos e o sono vence.
Enquanto isso eu fico aqui, imaginando e conseqüentemente, te amando.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Since 1992.

Meu amor por você me tornou tão boba que eu fecho os olhos, acaricio meus cabelos, respiro fundo... isso só para tentar te sentir aqui. Ter essas sensações desses atos como se fossem causadas por você. E ainda de olhos fechados eu peço para abrí-los somente quando eu tiver de ir ao aeroporto e tocar seus lábios. E ouso abrí-los torcendo pra impossibilidade ser quebrada e minha cama passar a ter aviões. Eu chego a sentir o gosto dessa distância decepcionante quando volto de minhas viagens escuras. Preferiria não ter olhos, a tê-los apenas para enxergar esse quarto vazio, mirar esse espaço sem você ao meu lado no colchão, ver como eu não faço idéia do que é sorrir enquanto você está longe.
Dói ver minha impotência diante dessa desgraça que sou com sua ausência. Não sou mais capaz de distinguir qualquer dualidade que seja, apenas de me caracterizar quando de olhos abetos e quando não. Quando cerrados eu te trago pra mim; pra fazer meu sangue voltar a circular, me sentir viva; fazer da Sessão Da Tarde o prazer máximo da televisão, deixar suas mãos livres em mim, e rir por permitir que eu seja desde a criança mais boba à mulher mais incontrolável. Encarinhar-me, domar-me, saciar-me. Quando vejo que ainda há quilômetros nos quebrando os corações, sou só a pessoa mais cansada, triste e incompleta que o mundo tem conhecimento desde 1992.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Falante - Pelo Espelho

Me deixa ficar aqui até você baixar a guarda e agir de qualquer forma espontânea, despreocupada. Enquanto se arruma e dança em frente ao espelho, eu olho e penso como é raro e verdadeiro esse momento. E se você deixar eu sempre vou estar lá pra ser quem acompanha seu ritmo. Se faz o mundo mais nítido ou mais bonito, se estou contigo tudo faz sentido. Me faz sorrir desprevenido, reconhecer o que, de fato, mais preciso. Me faz crer no que antes era impossível. Como posso perder se estou com você? Não estou mais perdido! E se você deixar, eu sempre vou estar lá pra ser mais que o amigo mais íntimo. Mais que um amigo.


Link da música no Last.fm:
http://www.lastfm.com.br/music/Falante/_/Pelo+Espelho
E SE VOCÊ DEIXAR, EU SEMPRE VOU ESTAR LÁ PRA SER QUEM ACOMPANHA SEU RITMO. SE FAZ O MUNDO MAIS NÍTIDO OU MAIS BONITO, SE ESTOU CONTIGO TUDO FAZ SENTIDO.
ME FAZ SORRIR DESPREVENIDO, RECONHECER O QUE, DE FATO, MAIS PRECISO. ME FAZ CRER NO QUE ANTES ERA IMPOSSÍVEL. COMO POSSO PERDER SE ESTOU COM VOCÊ? 

Maldita frente fria!

Acho sempre que a chuva só vem para intensificar as sensações anteriores a ela. Isso no mundo inteiro e com boa parte da população. O amor fica quentinho, a tristeza alcança o império, a saudade duplica as medidas de nossos corações, fazendo-os ainda mais apertados dentro de nós.
Ainda não sei dar nome para o que sinto, mas que  a chuva e a queda de temperatura fazem disso algo mais aflitivo do que é, já me certifiquei. Não consigo encontrar razão, mas essa janela molhada, esse céu sem graça, só me fazem sentir mais a sua falta. Repito: não sei encontrar razão nisso, mas nesses minutos tão frios é que decido me deixar congelar. A não ser que sua pele venha me aquecer. Nenhum cobertor, mesmo os elétricos, não me darão o calor que preciso pra enfrentar as temperaturas e a saudade de frente. Toda essa fraqueza se resolve em você, meu amor. Os dias mais frios quero passar abrigada e protegida sob seus braços, seus abraços e suas palavras que tanto me fazem boba ao ouvir.
Acho até que seus emails, me fazem pouco mais quente que qualquer roupa para o inverno.
Saia de longe de mim, venha pra perto e não volte a estar distante dos meus seios gélidos, do meus rosto ressecado pelos ventos congelantes, e olhos molhados por lágrimas e gotas de chuva simultaneamente.

sábado, 22 de agosto de 2009

Sem testes, sem página aberta no word, sem rascunho.


Satura algumas veze ter de ficar me preocupando com concordâncias verbais, vírgulas em seus devidos lugares, entre outras medidas pra tentar fazer do texto mais atrativo e indefeituoso. Principlamente textos passionais, não é necessário desvios nominais tão grandes pra mostrar algo que 3 palavras conseguem traduzir tão bem o que sinto quando se trata dele.
Em todos os gêneros de demonstração de carinho, cada apelidinho, cada mau humor modificado ao me ver, cada assobio besta, cada vez que ri das minhas gafes, cada vez que diz que me ama (mesmo sendo poucas)... Tudo isso faz com que eu perceba que sou capaz de olhar pra você e permanecer assim o resto dos meus dias. Você estando longe, as horas passam rastejando. Eu preciso de você aqui comigo, é uma necessidade eterna, eu ainda preciso de você e estou aqui a esperá-lo. Até minhas malas já fiz, pra aguardá-lo vir, passar dois dias inesquecíveis ao meu lado pra depois me levar pra longe de tudo, pra onde só haja nossas possibilidades de tornar todos os sonhos reais.  Enquanto isso, até nas paredes eu já registrei: "SEJA QUEM NUNCA ME DEIXARÁ SOZINHA! ABRACE-ME FORTE E FIQUE AQUI!" em letras, modéstia a parte, profissionalmente borrifadas.O sono vem me vencendo e antes que essa vitória seja consumada, eu tento dizer da forma mais clara e objetiva o quão intenso é essa desgraça que sinto aqui, ao menos pra dormir com certeza de que isso foi esclarecido, pra caso eu não acorde. E que toda essa simplicidade seja vista e apreciada da mesma forma que textos recheados de palavras de significados desconhecidos; como se isso fosse presença de um amor mais ou menos contundente. Nem me certifiquei se fui coerente, se estou gramaticamente de acordo com minha língua, mas ao você ser o motivo de eu estar na desconfortável cadeira diante da luz do monitor que por pouco não me cega, não preciso dizer algo além do que a compacta verdade diz: EU TE AMO!

Castro vem antes.

É de se embasbacar como em questão de minutos e pouquíssimas palavras digitadas eu me torno opaca. Eu não sou capaz de ver, mas quando a primeira coisa que me vem em mente quando penso em algo ruim, é andar descalça sobre brasas e onde termina esse pensamento vem o de te perder, é porque essa minha opacidade não pode ser contida, não pode ser freada pelas culpas que você coloca em si.
Não diga que a escassez de sorrisos vem de você, meu amor. Ela se deve ao fato de termos receio das nossas perdas, de algum desencontro de nossos corações e, quem sabe, de que um cheiro que nunca seja nostálgico. Eu entendo qualquer medo que me confesse que tenha, porque tenho absoluta certeza de que é exatamente o mesmo medo que me faz chorar.
Toda vez que meu brilho se for, me traga um novo, talvez mais lustroso do que o que eu possuía anteriormente. Pra podermos caminhar lado a lado com nossos sonhos estampados no rosto, mostrando até pra quem não queira ver que nosso amor pode não ser dos que se ouve falar, mas em questão de verdades, é mais puro que qualquer nuvem, mais que puro que qualquer criança.
É de se embasbacar mais ainda, como em questão de minutos e pouquíssimas palavras digitadas você me devolve tudo o que esse demônio de turvacidade tirou de mim, me fazer voltar a sorrir, mesmo negando que você é o responsável por esse sorriso. Deixe seu sentimento me invadir e fazer de mim, sua morada permanente.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

en.tre.ga subst. fem.

Eu me abandono e me dou a você.
Entrego meus medos para que você destrua-os; entrego minhas dores para que as torne amenas; entrego meus sonhos para que concretize-os; entrego minhas mãos para que tome-as e me leve para qualquer lugar longe; entrego minha dedicação em fazer-lhe feliz para que não tenha motivos para me deixar; entrego meu silêncio para que meu sentimento fique por ser interpretado; entrego minhas perdas para que torne-as benefícios; entrego minha cumplicidade para que nos transformemos em um; entrego minha descompostura para que ainda assim veja beleza nisso; entrego meu desarme para que minha sobrevivência se deva a sua; entrego minhas formas para que elas se tornem mais acentuadas diante do seu tato... enfim entrego minha vida para que, a partir de agora, faça-a mais satisfatória, mais atrativa e, de repente, muito mais completa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Descontroles motivados.

Eu não me vejo de outra forma se não pugilatando essa vontade de sentir suas mãos em minha nuca, causando um agradável tremor... sentí-las acariciando o corpo - que pede o suor do seu- sentindo-as deslizando pelas porções ordenadas de pele vulnerável a calafrios. Eu sei que é isso o que suas mãos querem; certificar-se de que meus arrepios chegaram ao seu ápice.
Me revolta um pouco essa sua satisfação frente ao arrivismo do meu intenso querer, tendo ou não o 'te' precedendo esse verbo tão inescrupuloso.Impressiona a ficção que crio. Impressiona porque eu seria capaz de ceder minha existência apenas para ter a prova de que a junção de nossas cores é realmente a exata cor que imagino. Cor que de tão bela será como o verde de um semáforo, será nosso sinal de permissão a partida. Em que qualquer arritmia há de ser enlatada ao lixo. As nossas roupas já no chão quase não nos deixam ver o vapor abandonando nossos corpos cadentes. Corpos. Outro se torna a extensão de um. Minhas volúpias acompanham sua carinhosa violência. Nossos olhos se fixam, se desviam, se fixam novamente. Nossas línguas se desvendam milimetricamente, se encontram, se perdem entre pêlos aprumados. E nesse momento não existe nem outro planeta. Apenas você, eu, a ferocidade e todos os gemidos que meus ensaios já estão exaustos em ouvir enquanto sua presença era só imaginada.
Contigo posso ser quem quero. A mais recatada, a mais sem pudores, a daquela noite, a de todos os dias, posso até ser eu: a que grita por seus beijos todo o tempo, a que luta contra uma necessidade incondicional de sentir seu peso sobre mim... Eu: a que fará sempre algo que faça-lhe me querer como te quero e que esse querer não acabe. E que minhas curvas sejam eternamente o motivo do seu descontrole.
Minha libido não é compatível a outra cama se não a nossa e a outra carne se não a sua.